A Ilha do amor


O município de São Luís ocupa uma área de 828,01 km², representando 0,2492 por cento do estado do Maranhão, 0.0532 % da Região Nordeste e 0.0097% do território nacional. Perímetro urbano de 96,27 % e rural de 3,73 %. A 2° ao Sul do Equador, nas coordenadas geográficas latitude S 2º31´ longitude W 44º16, estando à 24 metros acima do nível do mar. Segundo o Censo de 2010, a população jovem chegava a 63,87% (555.709 habitantes) com idade inferior a 29 anos, destacando-se que 375.624 (40,17 por cento) menores de 19 anos.

O município ocupa mais da metade da ilha (57 por cento) e, conforme registros da Fundação Nacional de Saúde (1996), a população está distribuída em centro urbano com 122 bairros (que constituem a região semiurbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233 bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.

Limita-se com os municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa e com o oceano Atlântico. É a maior cidade de todo o estado. Está localizada na ilha de Upaon-açu (palavra indígena que significa "Ilha Grande") com área de 1.455,1 km² que contém outros municípios que limitam-se com São Luís, como São José de Ribamar, com área de 436,1 km², Paço do Lumiar, área de 121,4 km², e Raposa, com área de 63,9 km².

Tauá-Mirim: Ilha localizada entre os Estreito dos Coqueiros e a Baía de São Marcos.
Ilha do Medo: É uma ilha localizada a noroeste de São Luís, próxima a Praia do Amor.
Tauá-Redondo
Duas irmãs

 Clima
O clima de São Luís é tropical, quente e úmido. A temperatura mínima na maior parte do ano fica entre 20 e 23 graus e a máxima geralmente permanece entre 29 e 32 graus. Apresenta duas estações distintas: a estação seca, de agosto a dezembro, e a estação chuvosa, de janeiro a julho. A média pluviométrica é de 2.325 mm (CPTEC). A menor temperatura já registrada na cidade foi de 16°C no mês de maio, e a temperatura máxima já registrada foi de 35°C no mês de novembro. Fonte: CPTEC

Relevo e hidrografia

A capital maranhense encontra-se na altitude de quatro metros acima do nível do mar. Existem baixadas alagadas, praias extensas e dunas que formam a planície litorânea.

A bacia de São Luís é composta por rochas sedimentares com formação na era cenozoica e apresenta vários tipos de minerais, o calcário é encontrado em abundância.

Os principais rios que cortam São Luís são o Bacanga, que atravessa o Parque Estadual do Bacanga, e o Anil, que divide a cidade moderna e o centro histórico. O rio Itapecuru abastece a cidade, embora não passe pela ilha.

A hidrografia da região é formada pelos rios Anil, Bacanga, Tibiri, Paciência, Maracanã, Calhau, Pimenta, Coqueiro e Cachorros. São rios pequenos que deságuam em diversas direções abrangendo dunas e praias. Sendo que o rio Anil com 12,63 km de extensão, e o Bacanga com 233,84 km fluem para a Baía de São Marcos, tendo em seus estuários áreas cobertas de mangues.


Fauna e Flora

A cidade de São Luís está localizada numa área de encontro de duas floras: a flora da amazônia e a flora nordestina. Isso faz com que a ilha de São Luís tenha uma flora muito diversa e rica em espécies. Na região litorânea da cidade (compreendendo quase toda ela) foram catalogadas 260 espécies de plantas adentradas em 76 famílias sendo que a família das fabaceae (leguminosas) possui o maior número de espécies, são mais de 26 catalogadas. Dentre todas as regiões pesquisadas do Brasil, 125 espécies são exclusivas de São Luís.

A vegetação da cidade é diversificada e, em sua maior parte, litorânea. Com grande número de coqueiros, São Luís conta também com uma quantidade considerável de manguezais. A cobertura vegetal original do município é um misto de floresta latifoliada, babaçual, vegetação de dunas, restinga e manguezal. Encontram-se parques ambientais por toda a capital maranhense, entre os quais, o Parque Estadual do Bacanga que guarda restícios de vegetação da Floresta Amazônica, totalmente preservado.

Economia

A economia maranhense foi uma das mais prósperas do país até a metade do século XIX. Todavia, após o fim da Guerra Civil dos Estados Unidos da América, quando perdeu espaço na exportação de algodão, o estado entrou em colapso; somente após o final da década de 1960, no século XX, o estado passou a receber incentivos e saiu do isolamento, com ligações férreas e rodoviárias com outras regiões.

No fim do século XVIII, o aumento da demanda internacional por algodão para atender a indústria têxtil inglesa, aliado à redução da produção estadunidense por causa da Guerra da Independência dos Estados Unidos, proporcionou o cenário ideal para o estímulo da produção algodoeira no Maranhão. As companhias de navegação Southampton & Maranham Company e Maranham Shipping Company, de transporte marítimo a vapor, que realizavam o transporte do algodão dos estados da Geórgia e do Alabama, passaram a operar no eixo São Luís – Londres, levando a produção de Caxias e da Baixada Maranhense. Até o início do século XX, São Luís ainda exportava algodão para a Inglaterra por via marítima, através das linhas Red Cross Line e Booth Line (cuja rota se estendia até Iquitos) e da companhia Liverpool-Maranham Shipping Company.


Nesse período, fase de ouro da economia maranhense, São Luís passou a viver uma efervescência cultural. A cidade, que se relacionava mais com as capitais europeias que as outras cidades brasileiras, foi a primeira a receber uma companhia italiana de ópera. Possuía calçamento e iluminação como poucas do país. Recebia semanalmente as últimas novidades da literatura francesa. As grandes fortunas algodoeiras e os comerciais locais enviavam seus filhos para estudar em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e, principalmente, na Europa.


A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís – atualmente o segundo em profundidade no mundo, ficando atrás apenas do de Roterdã, na Holanda, e um dos mais movimentados do país -  serviu para escoar a produção industrial e minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Companhia Vale do Rio Doce. A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte americanos fez do Porto uma atraente opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem.

A economia ludovicense baseia-se na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, turismo e nos serviços. São Luís possui o maior PIB do estado, sediando duas universidades públicas (UFMA e UEMA) e vários centros de ensino e faculdades particulares. Segundo o último levantamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), a cidade de São Luís possui  produto interno bruto de R$ 9.340.944,00, sendo, assim, a 29º economia nacional entre os mais de 5.560 municípios brasileiros e ocupando a 14º posição entre as capitais.